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Como transformar a sustentabilidade em um ativo mensurável

Nesta nota, mostraremos como os agronegócios podem transformar a sustentabilidade de um "custo necessário" em uma vantagem competitiva real. Não a partir da teoria, mas com processos mensuráveis, ferramentas concretas e uma abordagem que combina conformidade regulatória, eficiência operacional e posicionamento de marca.

O maior risco hoje? Não é não ter uma estratégia de sustentabilidade, mas não ser capaz de demonstrá-la. Porque nos novos mercados, não basta dizer: é preciso provar.

E essa prova começa com algo tão simples quanto decisivo: medir.

O que significa "medir" a sustentabilidade?

Medir a sustentabilidade significa transformar compromissos em indicadores verificáveis. Significa transformar ações em dados tangíveis que podem ser rastreados, auditados e relatados.

Na agricultura, isso se traduz em:

  • Conhecer as emissões reais de gases de efeito estufa (GEE) geradas por cada processo.
  • Identificar a origem exata dos insumos georreferenciados.
  • Validar práticas sustentáveis de gerenciamento do solo.
  • Verificar se uma produção não provém de áreas desmatadas.

Esse tipo de medição não só permite a conformidade com regulamentos como o Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR), mas também antecipa requisitos futuros, melhora a eficiência operacional e gera confiança na cadeia de valor.

Promessa vs. evidência: o novo padrão

Durante muito tempo, bastava dizer que uma empresa estava "trabalhando com sustentabilidade". Hoje, isso não é mais suficiente. Os governos, as cadeias de suprimentos e os consumidores exigem dados concretos, verificáveis e atualizados.

Especialmente em mercados como o europeu, onde regulamentações como a EUDR tornam obrigatória a comprovação, com georreferenciamento e dados históricos, de que os produtos não estão associados ao desmatamento. Essa rastreabilidade ambiental não é mais opcional. É uma condição de acesso.

E, além da conformidade legal, cada vez mais atores da cadeia agroalimentar preferem fornecedores que possam comprovar práticas sustentáveis.

Estrutura para uma sustentabilidade mensurável

Para transformar a sustentabilidade em um ativo, é necessário ir além de iniciativas isoladas e criar processos sólidos, integrados e replicáveis. Esses são os três pilares fundamentais:

  1. Rastreabilidade ambiental.

A rastreabilidade não está mais limitada à origem da produção ou da logística. Agora, eladeve incluir o componente ambiental:

  • De onde vem cada insumo?
  • Qual é o histórico desse lote em termos de uso da terra?
  • As boas práticas agrícolas foram respeitadas?

Tecnologias como imagens de satélite, sensores e plataformas de gerenciamento integrado permitem um mapeamento preciso e em tempo real.

  1. Medição das emissões e da pegada de carbono

Medir as emissões de gases de efeito estufa é fundamental para entender o impacto real de uma operação. Essa análise deve considerar:

  • Escopo 1: emissões diretas (por exemplo, maquinário agrícola).
  • Escopo 2: emissões indiretas do consumo de energia.
  • Escopo 3: emissões associadas a fornecedores, logística e insumos.

Ferramentas especializadas, como o Agrobit, permitem calcular a pegada de carbono desde o campo até o destino final e estimar as oportunidades de redução.

  1. Gerenciamento de certificação

Esquemas como RTRS, ISCC, FSA ou o regulamento EUDR permitem padronizar práticas sustentáveis e demonstrar a conformidade a terceiros, seja por meio de certificações, avaliações ou relatórios regulatórios .

Mas, além do selo, o importante é poder integrá-los ao fluxo operacional:

  • Rastrear a conformidade por lote, produtor ou fornecedor.
  • Automatizar o registro de práticas e auditorias.
  • Centralizar a documentação em uma única plataforma.

Isso não apenas organiza. Ele permite o dimensionamento. Quando os processos são digitalizados e mapeados desde o início, a certificação deixa de ser um fardo e passa a ser uma oportunidade.

Por que transformar a sustentabilidade em um ativo?

Há muitas razões, mas quatro se destacam no atual contexto global.

Conformidade proativa

Ter processos de sustentabilidade integrados e mensurados permite que você se antecipe às regulamentações e evite penalidades. Não se trata apenas de conformidade, mas de fazer isso de forma eficiente.

Acesso a mercados internacionais

Na Europa, um número cada vez maior de compradores está exigindo rastreabilidade ambiental. Não basta dizer: você tem que mostrar. As empresas que podem provar isso têm maior probabilidade de manter e expandir suas operações comerciais.

Tomada de decisão orientada por dados

Quando variáveis como emissões, uso da terra ou consumo de recursos são medidas, são identificadas oportunidades de melhoria: reduzir o consumo e otimizar as práticas.

Valor da marca

Uma empresa que pode provar que sua operação é rastreável, eficiente e certificada tem mais valor.

Por onde começar?

Uma estratégia de sustentabilidade mensurável pode começar com etapas simples:

  • Mapear o estado atual: quais processos geram mais impacto? Quais dados já estão sendo gerados?
  • Definir os principais indicadores: emissões, rastreabilidade de lotes, conformidade regulatória, etc.
  • Incorporar tecnologia: plataformas que centralizam, automatizam e conectam informações.
  • Estabeleça a governança de ESG: funções, responsabilidades, relatórios e monitoramento.

O segredo é não fazer tudo de uma vez. É começar com foco, mas com uma visão para o futuro. E, acima de tudo: trabalhar com dados reais.


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Post by Agrobit
08/07/2025 14:13:27

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